O tétano acidental é uma doença infecciosa aguda não contagiosa, prevenível por vacina, causada pela ação de exotoxinas produzidas pelo Clostridium tetani (C. tetani). A infecção ocorre pela introdução de esporos (bacilo gram-positivo esporulado, anaeróbico) em solução de continuidade da pele e mucosas (ferimentos superficiais ou profundos de qualquer natureza), provocando um estado de hiperexcitabilidade do sistema nervoso central.
O esquema de condutas profiláticas depende do tipo de ferimento e situação vacinal. Em caso de paciente inconsciente, sem acompanhante, que tenha sofrido acidente de moto, com politraumatismo grave, fratura exposta, superficialmente suja e tecidos desvitalizados, a conduta a ser realizada, segundo o Guia de Vigilância em Saúde (Brasil, 2017), é
checar com o paciente o esquema vacinal; completar o esquema, se necessário; e realizar o desbridamento imediatamente.
vacinar; remover corpos estranhos; realizar a limpeza com soro fisiológico, água oxigenada e antisséptico; em seguida, o desbridamento.
imediatamente aplicar o soro antitetânico (SAT) heterólogo, por via endovenosa, pois ele está inconsciente e não há como checar o esquema vacinal; em seguida, realizar limpeza com soro fisiológico, água oxigenada e antisséptico.
administrar imediatamente a imunoglobulina humana (GHAT) em caso de sensibilidade ao SAT; em seguida, realizar limpeza com soro fisiológico, água oxigenada e antisséptico.
administrar o SAT ou GHTA, vacinar e aprazar as demais doses na carteira (atentar-se à realização do SAT ou GHTA em área diferente da vacina); seguida, realizar limpeza com soro fisiológico, água oxigenada e antisséptico.