O corrimento vaginal é uma queixa comum, que ocorre principalmente na idade reprodutiva. Em serviços que atendem com frequência casos de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), é o principal sintoma referido pelas mulheres atendidas (BRASIL, Ministério da Saúde. Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas para Atenção Integral às Pessoas com Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST). Brasília: Ministério da Saúde, 2019). Em relação aos aspectos específicos dos principais agentes etiológicos de corrimentos vaginais, assinale a alternativa CORRETA:
A Candidíase Vulvovaginal Recorrente (CVVR) é definida quando a paciente reporta dois ou mais episódios sintomáticos de Candidíase Vulvovaginal em um ano.
Não há indicação de rastreamento de vaginose bacteriana em mulheres assintomáticas. O tratamento é recomendado para mulheres sintomáticas e para assintomáticas quando grávidas, especialmente aquelas com histórico de parto pré-termo e que apresentem comorbidades ou potencial risco de complicações (previamente à inserção de DIU, cirurgias ginecológicas e exames invasivos no trato Genital).
Se a microscopia estiver disponível, o diagnóstico da vaginose bacteriana é realizado na presença de pelo menos três critérios de Amsel (AMSEL et al., 1983): Corrimento vaginal homogêneo; pH <4,5; Presença de clue cells no exame de lâmina a fresco; Teste de Whiff positivo (odor fétido das aminas com adição de hidróxido de potássio a 10%).
Os sinais e sintomas característicos da Tricomoníase consistem em: eritema e fissuras vulvares, corrimento grumoso, com placas aderidas à parede vaginal, de cor branca, edema vulvar, escoriações e lesões satélites, por vezes, pustulosas pelo ato de coçar.
A Candidíase Vulvovaginal, quando presente nos procedimentos invasivos, como curetagem uterina, biopsia de endométrio e inserção de dispositivo intrauterino (DIU), aumenta o risco de doença inflamatória pélvica (DIP).