Alguns estudiosos do planejamento urbano e regional afirmam que os anos que sucederam a crise do capitalismo de 1929 viram a questão urbana ser cada vez mais redefinida em função de uma problemática regional que recolocava as cidades como os centros, ou nós, de um sistema econômico organizado em bases regionais e/ou nacionais. Preocupações com a hierarquia urbana, a rede de cidades e sua inter-relação tornaram-se correntes, articulando cada vez mais as dimensões urbanas e regionais.
As seguintes afirmativas estão corretas e confirmam essa concepção, EXCETO
a emergência da questão regional deslocou o eixo do problema urbano da esfera social e da organização intraurbana para a esfera do econômico, tendo o espaço regional e nacional e a organização interurbana como pontos programáticos principais.
a influência dos organismos internacionais, particularmente a Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL) e do Instituto Latinoamericano para a Pesquisa Econômica e Social (ILPES), sobre o planejamento regional, a criação da Sudene e a organização do Estado para o planejamento foi significativa em várias partes do Brasil. Depois do Plano Salte, em 1949, missões americanas proliferaram no início dos anos 1950 criando bases para o planejamento como prática governamental consolidada no Plano de Metas da campanha Kubitschek.
a preocupação com a articulação cidade-região ganhou força na Grã-Bretanha com os trabalhos da Comissão Barlow, uma Comissão para a Distribuição Geográfica da População Industrial, que unificou as três escalas do planejamento espacial (urbana, regional e nacional) antes mesmo da Primeira Guerra Mundial, no período de 1907 a 1910.
no Brasil, os esforços preliminares encetados pelo Estado Novo para equipar o País com uma institucionalidade burocrática racionalizante, planejamento da ocupação do espaço regional, equipamento de setores nas grandes cidades para a industrialização substitutiva de importações, instrumentos financeiros para o investimento público, entre outras medidas, ganharam dimensão muito mais expressiva durante a Segunda Guerra Mundial com os Acordos de Washington e principalmente no pós-guerra, com as ações e apoio técnico dos recém-criados organismos internacionais e das missões americanas no País.