Atualmente, a resolução espectral das imagens obtidas pelos sensores imageadores já ultrapassa centenas de bandas, e a resolução espacial de muitas imagens é maior que 1 metro, possibilitando as suas aplicações nas áreas de levantamentos de recursos naturais e mapeamentos temáticos, monitoração ambiental, detecção de desastres naturais, desmatamentos florestais, previsões de safras, cadastramentos multifinalitários, cartografia de precisão, defesa e vigilância, dentre outras. Muitos dos problemas identificados nas fotografias aéreas ocorrem de formas bastante semelhantes com as imagens digitais de sensoriamento remoto. São várias as fontes que geram esses problemas, a maioria devido aos erros e defeitos que os sensores possam apresentar ao longo de sua vida útil e, ainda, por perdas de estabilidade da plataforma que aloja o sensor. Sobre sensoriamento remoto, é INCORRETO afirmar que:
Correção atmosférica: é mais comprometedora do que os ruídos aleatórios ou coerentes, são as degradações que alteram radiometricamente a imagem por completo. A fonte de erro dessa degradação ou distorção radiométrica é a atmosfera, cuja intensidade de efeitos é dependente do comprimento de onda, da data de imageamento e da trajetória da radiação.
Georreferenciar uma imagem: é tornar suas coordenadas conhecidas num dado sistema de referência, processo que se inicia com a obtenção de coordenadas em um sistema de projeção (coordenadas de mapa E-W ou latitude e longitude) e as equivalentes coordenadas espaciais de pontos da imagem a ser corrigida. O georreferenciamento tem a finalidade de inserir nas imagens um sistema de projeção de coordenadas.
Eliminação de ruídos em imagens: pode conter erros aleatórios de pixels ou erros coerentes de linhas de pixels que, normalmente, se mostram como pixels ou linhas com valores saturados (claros), ou sem sinal (escuros). Este é reconhecido como um erro do valor digital do pixel. São denominados de ruídos e, tipicamente, esses ruídos ilegítimos e imprevisíveis são decorrentes de erros instrumentais.
Interferências atmosféricas: durante a sua passagem por meio da atmosfera, a REM, vinda do Sol ou emitida pela Terra, interage com as moléculas dos constituintes gasosos e com o material particulado suspenso na atmosfera. Nessa passagem, a atmosfera interfere na intensidade do fluxo radiante, na distribuição espectral e na direção dos raios incidentes, tanto na sua trajetória descendente entre o Sol e a Terra quanto na trajetória ascendente da radiação refletida e emitida da superfície terrestre para o sensor. Se não houvesse atmosfera, o céu seria preto com um disco brilhante (o Sol) do qual receberíamos radiação direta. A absorção é o efeito mais prejudicial ao sensoriamento remoto.