Além de representar uma importante carga financeira para indivíduos portadores e suas famílias, em razão dos gastos com insulina, antidiabéticos orais e outros medicamentos essenciais, o diabetes também tem um relevante impacto econômico nos países e nos sistemas de saúde. Isso decorre de maior utilização dos serviços de saúde, perda de produtividade e cuidados prolongados requeridos para tratar suas complicações crônicas, como insuficiência renal, cegueira, problemas cardíacos e pé diabético.
Sobre a escolha do tratamento farmacológico a ser utilizado após o momento do diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 (DM2), é INCORRETO afirmar que:
As sulfonilureias e as glinidas (ou metiglinidas) são secretagogos de insulina. As primeiras desenvolvem uma ação hipoglicemiante mais prolongada durante todo o dia (clorpropamida, glibenclamida, gliclazida, glipizida e glimepirida) e promovem queda de 1,5 a 2% na HbA1c.
A metformina tem efeito antihiperglicemiante, reduzindo a produção hepática de glicose, além de ação sensibilizadora periférica mais discreta. A apresentação de liberação prolongada (extended release, XR) causa menor incidência de efeitos gastrintestinais.
Os inibidores da DPP-4 (dipeptidil peptidase), conhecidos como gliptinas, constituem uma nova classe de antidiabéticos orais, cujo principal mecanismo de ação é, essencialmente, a estabilização do GLP-1 endógeno pela inibição da enzima que o degrada, a DPP-4.
Sinais de insulinopenia, tais como hiperglicemia e perda de peso, denotam um estágio mais avançado ou mais descompensado da doença. Nessa circunstância, os medicamentos secretagogos (sulfonilureias e glinidas) não são mais indicados.