Uma mulher de quarenta e cinco anos de idade chegou a uma farmácia com uma receita contendo a prescrição do medicamento Flagyl® 500 mg óvulo. A paciente, receosa por nunca haver usado um óvulo vaginal, questionou o farmacêutico se não seria melhor ligar para o médico e pedir que lhe receitasse um comprimido. O farmacêutico então leu o seguinte trecho da bula do Flagyl® 500 mg óvulo:
O metronidazol é um derivado do nitroimidazol com atividade antiprotozoária (...). Os níveis sanguíneos obtidos após administração do óvulo vaginal são cerca de um quinto dos que se conseguem com igual dose por administração oral.
Nessa situação hipotética, considerando os critérios técnicos pertinentes, o farmacêutico deveria
encorajar a paciente a fazer uso dos óvulos, que são melhores, pois, como são formas farmacêuticas tamponadas em pH 7,4, são capazes de manter o pH fisiológico normal da vagina.
encorajar a paciente a fazer uso do medicamento prescrito como a forma mais eficaz para o seu caso, que prevê o tratamento de uma infecção local empregando uma forma de administração local.
realizar a troca sugerida pela paciente pois, como os níveis sanguíneos obtidos a partir dos óvulos são menores dos que os conseguidos com igual dose por administração oral, os óvulos contendo metronidazol são menos eficazes que os comprimidos orais.
estimular a paciente a utilizar os óvulos como sendo a melhor alternativa de tratamento e orientá-la a introduzir um óvulo na vagina com os dedos, no período da manhã, advertindo que o uso desses dispositivos à noite não é recomendado, pois o estado de repouso pode contribuir para o derretimento da formulação e prejudicar sua efetividade.
orientar a paciente a retornar à consulta médica para fazer a mudança na prescrição. A partir da informação contida na bula, pode-se comprovar que óvulos contendo metronidazol são menos eficazes que comprimidos orais.