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Muitos imaginaram repúblicas e principados que jamais foram vistos e que nem se soube s...

Muitos imaginaram repúblicas e principados que jamais foram vistos e que nem se soube se existiram na verdade, porque há tamanha distância entre como se vive e como se deveria viver que aquele que abandona o que se faz por aquilo que se deveria fazer aprende antes a arruinar-se que a preservar-se. Eis por que é necessário a um príncipe que quiser manter-se, aprender a poder não ser bom e a valer-se ou não disso segundo a necessidade.


Nicolau Maquiavel. O Príncipe. Ed. Martins Fontes (com adaptações).


Considerando-se o texto precedente, é correto afirmar que Maquiavel recomenda ao príncipe, isto é, ao governante, que este

A

aja sempre de acordo com os valores morais cristãos estabelecidos, o que requer que ele seja bom a despeito da necessidade.

B

guie sua conduta a partir de como a república ou o principado deve ser, tendo como propósito uma ideia de perfectibilidade humana.

C

conduza as suas ações a partir de como as coisas são, e não como elas deveriam ou poderiam ser, o que requer que ele faça o que for necessário, mesmo que não seja bom.

D

tenha como modelo repúblicas ou principados imaginários, utilizando métodos descritos como maus para que aqueles se tornem reais.

E

busque a harmonia entre as diversas facções que constituem uma república ou principado por medidas que favoreçam a moralidade das ações em todas as circunstâncias.