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Leia o texto a seguir: “Aqui está um livro de boa-fé, leitor. Ele te adverte, desde o i...

Leia o texto a seguir:

“Aqui está um livro de boa-fé, leitor. Ele te adverte, desde o início, que não me propus outro fim além do doméstico e privado. Nele não tive nenhuma consideração por servir-te nem por minha glória: mi-nhas forças não são capazes de tal desígnio. Dediquei-o ao uso particular de meus parentes e amigos, a fim de que, tendo-me perdido, possam aqui encontrar alguns traços de minhas atitudes e humores, e que por esse meio nutram, mais completo e mais vivo, o conhecimento que têm de mim. Se fosse para buscar os favores do mundo, teria me enfeitado de belezas emprestadas. Quero que me vejam aqui em meu modo simples, natural e corrente, sem pose nem artifício: pois é a mim que retrato” (MONTAIGNE, Michel de. Ensaios. São Paulo: Companhia das Letras, 2010, p. 37. Adaptado). Montaigne representa o ceticismo humanista do Renascimento.

No trecho acima dos Ensaios, isso fica claro porque ele relata

A
as suas verdades pessoais, as únicas que devem valer para todo o mundo.
B
as suas vivências pelo mundo, para que sua família se lembre dele.
C
as verdades do mundo, que são comuns a todos seres racionais.
D
os seus pensamentos pessoais, sem nenhuma pretensão de verdade universal.
E
os seus raciocínios, tentando convencer os outros da verdade deles.