Responda a questão abaixo de acordo com o caso clínico:
Paciente do sexo feminino, 65 anos, diagnosticada com DPOC há 4 anos, ex-tabagista (60 maços/ano – parou há 3 anos) chega à emergência sonolenta, e segundo a família, com piora acentuada da dispneia (não é muito dispneica em casa) e tosse com expectoração purulenta. Internada 3 vezes devido a exacerbações de DPOC no último ano. Ao exame físico: Cianótica, dispneica, FR 38irpm (em repouso), FC 116bpm, PA 90x50mmHg; SpO2 89%; ausculta pulmonar com murmúrios vesiculares diminuídos bilateralmente e creptações em base; auscuta cardíaca com bulhas hipofonéticas, rítmicas sem sopros, turgência jugular e edema de membros inferiores 2+/4+. Exames realizados no mês anterior: gasometria arterial: PaO2 56mmHg, SaO2 90%; hematócrito 56%; VEF1/CVF 60% pós prova broncodilatadora e VEF1 25% do previsto.
Assinale a alternativa INCORRETA:
A paciente preenche os critérios diagnósticos para DPOC, pois possui relação VEF1/CVF inferior a 70% mesmo após a prova broncodilatadora.
A oxigenoterapia está indicada para esta paciente uma vez que a mesma apresenta episódio de exacerbação da DPOC com hipoxemia.
Indivíduos com DPOC apresentam alteração de complacência pulmonar e resistência de vias aéreas, o que induz a maior carga de trabalho para a musculatura respiratória.
Em indivíduos com DPOC, durante a exacerbação a alta demanda respiratória associada à obstrução das vias aéreas, pode levar ao aprisionamento aéreo e consequente hiperinsuflação.
utilização de ventilação mecânica não invasiva (VNI) visando impedir a progressão para fadiga muscular e/ou parada respiratória está contraindicada nesse caso devido ao nível de consciência apresentado. O rebaixamento de nível de consciência é uma das contraindicações absolutas da VNI.