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Mundo declara guerra ao canudo plástico, vilão do meio ambiente Quantos canudos plástic...

Mundo declara guerra ao canudo plástico, vilão do meio ambiente

Quantos canudos plásticos você já usou em sua vida?

Nos Estados Unidos, são 500 milhões por dia.

Mas quem paga essa conta é a natureza.

A vida útil de um canudo é de, em média, quatro minutos – tempo suficiente para você terminar sua bebida.

Só que, feitos normalmente de polipropileno ou poliestireno, materiais que não são biodegradáveis, eles demoram até 200 anos para se decompor. Pior: quando descartados, se desintegram em pequenas partículas, que chegam aos oceanos e acabam engolidas pelos animais.

Um vídeo de biólogos retirando um canudo de dentro da narina de uma tartaruga marinha na Costa Rica talvez seja o símbolo máximo do prejuízo desse pequeno objeto para o ecossistema.

Agora, o mundo declarou guerra ao canudo de plástico. No Brasil, o município do Rio de Janeiro pode se tornar a primeira cidade brasileira a proibir seu uso. A lei ainda precisa ser aprovada pelo prefeito Marcelo Crivella. Quem descumpri-la, poderá pagar multa de até R$ 3 mil, valor que pode ser multiplicado em caso de reincidência.

Iniciativa semelhante tramita na Câmara Municipal de São Paulo. O projeto, de autoria do vereador Reginaldo Tripoli (PV), também busca banir o uso do canudo plástico dos estabelecimentos comerciais da cidade.

Em meio à busca por alternativas ao plástico, outras opções já vêm sendo usadas, como canudos de metal, de vidro e até comestíveis.

Na Espanha, por exemplo, um grupo de amigos criou um canudo comestível, biodegradável e reciclável. Feito de açúcar, gelatina bovina e amido de milho, o Sorbos pode vir aromatizado em sete sabores diferentes (limão, lima, morango, canela, maçã verde, chocolate e gengibre) mas, segundo seus inventores, não altera o gosto da bebida.

Respondendo por 4% de todo o lixo plástico encontrado no mundo, os canudos ainda representam um desafio.

Segundo dados da ONG Ocean Conservancy, sediada nos Estados Unidos, foi o 7º item mais coletado nos oceanos em todo o mundo no ano passado.

O biólogo Cláudio Gonçalves Tiago, professor do Centro de Biologia Marinha (Cebimar) da Universidade de São Paulo (USP), chama atenção para a necessidade de educar a população para o uso do plástico.

“O plástico revolucionou a humanidade e nos permitiu um avanço considerável de desenvolvimento. Não devemos vilanizá-lo. O problema é o destino que damos ao plástico. Não adianta nada proibir determinado objeto, se a população não tem alternativas. O caminho para um mundo com menos plástico vai se dar por educação, não por proibição. Precisamos ensinar as pessoas como descartar esses objetos e pressionar por novas tecnologias biodegradáveis”, diz.
(Com reportagem de Luís Barrucho, da BBC News Brasil em Londres) (extraído de https://www.bbc.com/portuguese/geral-44419803, acesso em 20 de setembro de 2018)

Sobre a disposição e o descarte inadequados dos resíduos sólidos é CORRETO afirmar que

I- o descarte inadequado de lixo é uma das principais causas de alagamentos e inundações nas grandes cidades. Isso porque resíduos sólidos jogados em vias públicas e em cursos d'água (canais, córregos, rios) impedem o escoamento rápido das águas pluviais. Com isso, a ocorrência de enchentes aumenta consideravelmente.

II- prejudicam a qualidade de vida da população que habita a cidade: os resíduos contaminam o solo e a água, favorecem a proliferação de mosquitos, ratos, escorpiões, entre outros insetos e animais peçonhentos. Basta um recipiente plástico jogado em um terreno, por exemplo, para que seja formado um verdadeiro criadouro de mosquitos da dengue, zika e chikungunya.

III- não há maiores problemas dispor os resíduos em qualquer lugar porque a transformação da matéria orgânica bruta para húmus é um processo, basicamente, microbiológico, operado principalmente por fungos e bactérias, que, durante as fases da compostagem, alternam espécies de micro-organismos envolvidos. Também há a colaboração da macro e mesofauna, como minhocas, formigas, besouros e ácaros, durante o processo de decomposição e, assim, o lixo desaparece.

IV- o lixo, quando jogado em vias públicas ou depositado ilegalmente em áreas particulares e aterros clandestinos, polui o solo e lençóis freáticos, afetando a flora e a fauna do local. Dependendo do grau de contaminação e do tipo de contaminantes presentes, este problema coloca em risco a saúde pública.

Está CORRETO o que se afirma em

A
I, II, III e IV.
B
I, II e III.
C
III e IV.
D
I, II e IV.
E
II e IV.