“[...] devemos considerar a existência de pelo menos três mundos num só. O primeiro seria o mundo tal qual nos fazem vê-lo: a globalização como fábula; o segundo seria o mundo tal como ele é: a globalização como perversidade; e o terceiro, o mundo como ele poderia ser: uma outra globalização”.
SANTOS, M. Por uma outra globalização: do pensamento único à consciência universal. Rio de Janeiro: Record, 2006.
A respeito da proposta de Milton Santos, assinale a alternativa incorreta.
A perversidade sistêmica que está na raiz de uma evolução negativa da humanidade tem relação com a adesão desenfreada aos comportamentos competitivos que caracterizam as ações hegemônicas.
A “globalização como fábula” pode ser ilustrada a partir do mito da “aldeia global” e do encurtamento das distâncias, difundindo-se a noção de tempo e espaço contraídos.
Entre as bases materiais da globalização perversa, está a morte do Estado, provocada pelos megaconglomerados transnacionais em favor de uma livre circulação de capitais.
Um indicativo da possibilidade de mudanças é a enorme mistura de povos, raças e culturas em todos os continentes, somando-se a isso a mistura de filosofias, possibilitada pelos progressos da informação, em detrimento da hegemonia do racionalismo europeu.