Fenômenos migratórios podem ser categorizados de distintas maneiras, de acordo com os motivos principais que impulsionam determinado deslocamento populacional. Baseando-se em dados dos censos populacionais entre 2000 e 2010, pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), publicaram em 2013 um estudo que diagnostica os padrões espaciais de migrações nas áreas metropolitanas do Estado de São Paulo. Observe o mapa:
Mapa 2. Principais fluxos pendulares com origem na Macrometrópole Paulista — 2010
(Fonte: Demografia Unicamp, 2013. Disponível em: “O fenômeno da mobilidade pendular na Macrometrópole do Estado de São Paulo: uma visão a partir das quatro Regiões Metropolitanas oficiais” - Demografia Unicamo (wordpress.com).
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Sobre o padrão das migrações pendulares na macrometrópole paulista, assinale a afirmativa correta.
Permanece igual para todas as RMs, porque em toda macrometrópole paulista os movimentos pendulares são concentrados somente no entorno da RM de São Paulo, estendendo-se, no máximo para a RM do Vale do Paraíba e Litoral Norte.
Demonstra desigualdade de atração, sendo a RM de São Paulo o único grande polo atrativo, enquanto em todas as outras RMs, predomina o padrão espacial de repulsão, isto é, o envio de migrantes pendulares.
A dinâmica espacial da mobilidade pendular é mais concentrada na RM de São Paulo e RM de Campinas, respectivamente, com direções para o entorno da região, prevalecendo, em ambas, forças de atração e repulsão.
O mapa de mobilidade pendular da macrometrópole paulista apresenta um perfil de migrações compatível com a desigual e desequilibrada distribuição das ofertas de emprego no Estado de São Paulo, que só são positivos na RMSP, enquanto seu entorno carece de oportunidades.
Não é possível afirmar com substância que as regiões metropolitanas são distintas em sua relação de migração pendular, exceto a RM da Baixada Santista, que claramente participa como grande área de gravidade atraindo migrantes pendulares.