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A nova história é a história escrita como uma reação deliberada contra o “paradigma” tr...

A nova história é a história escrita como uma reação deliberada contra o “paradigma” tradicional, aquele termo útil, embora impreciso, posto em circulação pelo historiador de ciência americano Thomas Kuhn. Será conveniente descrever esse paradigma tradicional como história rankeana, conforme o grande historiador alemão Leopold von Ranke (1795-1886) […]. Em prol da simplicidade e da clareza, o contraste entre a antiga e a nova história pode ser resumida em seis pontos.

(Peter Burke (org.), A escrita da história: novas perspectivas)


Segundo Burke, a história tradicional

A

oferece uma visão de cima porque se concentra nos grandes feitos dos grandes homens, como os estadistas, e a nova história preocupa-se também com a história vista de baixo, caso da história da cultura popular.

B

pensa nas estruturas econômicas como determinantes das esferas política e social, enquanto a nova história coloca as ideias como centrais para se compreender as transformações estruturais humanas.

C

estuda os espaços e as organizações transnacionais a partir das referências da cultura, de modo bem diverso da nova história, preocupada com as histórias nacionais e privilegiando as tradições das elites políticas.

D

trabalha com um rol diversificado de fontes, escritas ou não, enquanto a nova história passou a difundir a novidade metodológica de utilizar, em especial, documentos produzidos com a finalidade de serem um documento.

E

restringe-se às grandes ordens econômicas, como o feudalismo e o capitalismo, e, para a nova história, a mais importante função do conhecimento histórico é tratar da dimensão institucional da política.