O conceito de Modo de Produção Asiático, tendo como exemplo as sociedades do Antigo Oriente Próximo, e/ou Antiguidade Oriental, é bastante polêmico e teve origem na obra de Karl Marx. Neste sentido, podemos corretamente afirmar sobre estas sociedades que:
Na Índia, predominava a ausência de propriedade privada da terra e o papel do Estado na construção de obras públicas, bem como o caráter autárquico das aldeias, cujas terras podiam ser cultivadas em lotes familiares, permanecendo as pastagens comuns;
Na Mesopotâmia, as grandes enchentes do Rio Nilo tornavam a prática de agricultura individual impraticável em face das necessidades de trabalho coletivo para as grandes obras de irrigação e barramento das águas;
Na Baixa Mesopotâmia há registros da existência de escravos com o mesmo sentido dos escravos do mundo greco-romano clássico, pois podiam se casar com pessoas livres e intentar ações judiciais, além de pagarem impostos;
Impossibilitados da prática da agricultura irrigada, os egípcios antigos, partiram para a pecuária como base de sua economia, o que descara a hipótese de uma causa hidráulica para o surgimento da civilização faraônica;
Apesar da importância dos rios para o desenvolvimento das sociedades do Antigo Oriente, a pesca não foi de grande envergadura, tendo em vista não construírem embarcações, mesmo as mais rudimentares.