Adotou-se a convenção de dividir o movimento em fases distintas, abrangendo o “bandeirismo defensivo”, o apresamento, o movimento colonizador, as atividades mercenárias e a busca de metais e pedras preciosas. Contudo, apesar dos pretextos e resultados variados que marcaram a trajetória das expedições, a penetração dos sertões sempre girou em torno do mesmo motivo básico.
(John M. Monteiro, Negros da terra: índios e bandeirantes nas origens de São Paulo)
Para Monteiro, esse “motivo básico” das expedições dos bandeirantes foi
a busca pela ampliação constante do território colonial, sempre em acordo com as autoridades portuguesas.
o acordo tácito, renovado em períodos irregulares, com as ordens religiosas para controlar os povos indígenas.
a atuação de guarda-mor das terras coloniais, evitando a formação de potentados locais e destruindo os já formados.
o combate persistente aos invasores dos espaços coloniais, caso dos espanhóis ao Sul e dos franceses ao Norte.
o imperativo crônico da mão de obra indígena para os empreendimentos agrícolas dos paulistas.