Leia o trecho da entrevista do escritor manauense Márcio Souza comentando um trecho de seu História da Amazônia (2019):
“Um movimento de veículos de toda a sorte, um vaivém contínuo, que parecia mais um grande centro europeu do que uma cidade tropical”, disse um viajante europeu sobre a Belém do fim do século 19. “A mais refinada das civilizações chegou até o rio Negro”, teria afirmado outro, em referência ao Teatro Amazonas, erguido em Manaus. Entre 1870 e 1910, o extrativismo da borracha trouxe prosperidade e europeização para as grandes cidades amazônicas. Algo, obviamente, desfrutado apenas por uma minoria. Por debaixo da opulência, se encontrava “a mais criminosa organização do trabalho que ainda engendrou o mais desaçamado egoísmo”, conforme a descrição de Euclides da Cunha das condições dos seringueiros em ‘À Margem da História’, citado em ‘História da Amazônia’.”
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Assinale a afirmativa que interpreta corretamente os impactos do desenvolvimento da economia gomífera indicados no texto.
O auge da borracha atraiu massas de trabalhadores, impactando o sistema rodoviário de Belém e Manaus.
O sistema de trabalho nos seringais era similar ao das indústrias europeias, com longas jornadas e baixos salários.
Os seringueiros estavam à margem da história, pois não se beneficiavam com o progresso industrial de Belém e Manaus.
A exportação do látex amazônico custeou o embelezamento urbano de Manaus, transformada em “Miami brasileira”.
A prosperidade da borracha permitiu reestruturar em estilo europeu as principais cidades da Amazônia.