[...] a revolução que eclodiu entre 1789 e 1848 [...] constitui a maior transformação da história humana desde os tempos remotos quando o homem inventou a agricultura e a metalurgia, a escrita, a cidade e o Estado. Esta revolução transformou, e continua a transformar, o mundo inteiro.
(Eric J. Hobsbawm. A Era das revoluções: Europa 1789-1848, 1981.)
As profundas rupturas históricas citadas no excerto definem-se como mudanças
nos processos produtivos com consequências para as relações de trabalho e nas concepções políticas com o advento de novos projetos sociais.
nas organizações políticas nacionalistas em benefício das monarquias absolutistas e no liberalismo econômico com a adoção do mercantilismo.
nas sociedades urbanizadas com o retorno à vida natural e no trabalho em unidades fabris com a propagação do trabalho artesanal.
na descentralização do poder político com a crise do feudalismo e no comunitarismo social com a formação da sociedade de classes.
na cultura de massas com a consolidação da arte erudita e nos regimes parlamentaristas com a abolição do sufrágio universal.