“Até meados do século IV a.C Roma era ainda uma entre as muitas cidades da Itália”, inferior em poder e cultura às cidades etruscas do Norte ou às gregas do Sul da península. (...) A sua política imperialista não correspondeu a nenhum plano preconcebido; teve como únicas determinantes a necessidade e a avidez, renovadas em cada conquista. (...) E a partir da queda de Cartago e Corinto, ocorridas ambas no mesmo ano (146 a.C.), que surge a crença de que todo o mundo pertence por direito (de jure) ao povo romano. (...) e Roma converte-se, não só na primeira potência do velho mundo civilizado, mas também na única desde o Atlântico até a Mesopotâmia.”
(BLOCH, Léon. Lutas Sociais na Roma Antiga. Publicações Europa-América. 1991.P 7,8e9.)
Pode-se afirmar corretamente acerca do processo de formação do grande e poderoso império romano que:
as conquistas territoriais, comerciais e militares, realizadas pelos romanos, incentivavam cada vez mais a profissionalização de seus exércitos, assim como o incremento das atividades econômicas predominantemente no meio rural
o período de transição da República para o Império foi assinalado por uma completa desordem e tensão social, pois, à medida em que os senadores perdiam seus poderes, os líderes militares ocupavam cada vez mais espaço político
a estabilidade do poderio romano sobre seu vasto império foi ajudada pela descentralização monetária, pela padronização do Direito romano, pela construção de milhares de quilômetros de estradas e pela libertação de todos os escravos do Império
as transformações ocorridas na sociedade romana também marcaram esse período, destacando-se: o aumento no número de escravos e a redução no número de libertos, apesar da transformação de alguns escravos em colonos presos à terra