Era 10 de abril de 1649 quando o comandante holandês Matias Beck ergueu, à margem esquerda da foz do Riacho Pajeú, uma cerca de pau-a-pique sobre um monte isolado. A posição estratégica, com vista panorâmica para as hostis terras do Ceará, seria fortificada e batizada de Forte Schoonenborch. [...] os principais canhões da paliçada voltados não para o mar, como costume em ocupações portuárias, mas para a própria cidade. A orientação pouco usual do armamento chamou a atenção inclusive do viajante anglo-português Henry Koster, registrada em 1811 no livro Viagens ao Nordeste do Brasil. “Notei que a peça de maior forçada estava voltada para a Vila. A que estava montada para o mar não tinha sequer calibre suficiente para atingir um navio no ancoradouro comum”.
https://www.opovo.com.br/noticias/2019/04/10/forte-holandes-que-e-marco-historico-de-fortaleza-completa-370-anos.html
O posicionamento dos canhões descritos no texto expressava, no contexto da ocupação do Ceará, a(o)
repressão às rebeliões dos colonos católicos contra o puritanismo holandês.
maior risco de ataque e conflitos vindos do sertão do que externos, vindos do mar.
combate aos povos tamoios, aliados dos portugueses e defensores da região.
constante embate com o forte São Sebastião liderado por Martins Soares Moreno.
necessidade de proteção contra os portugueses ocupantes da Barra do rio Ceará.