Leia os textos a seguir.
TEXTO I
“Cada ano, vem nas frotas quantidades de portugueses e de estrangeiros, para passarem às Minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil, vão brancos, pardos e pretos, e muitos índios, de que os paulistas se servem. A mistura é de toda condição de pessoas: homens e mulheres, moços e velhos, pobres e ricos, nobres e plebeus, seculares e clérigos, e religiosos de diversos institutos [...].”
André João Antonil. Citado por: ALMEIDA, Carla M. C. de; OLIVEIRA, Mônica R. de. In: FRAGOSO, João; GOUVÊA, Maria de Fátima. Coleção o Brasil Colonial, 1580-1720. V. 2. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 296.
TEXTO II
“[...] Em 1720 (a Coroa portuguesa) lançou um decreto ‘limitando drasticamente a emigração para o Brasil, que dali por diante só seria permitida com passaporte fornecido pelo governo’.”
ALMEIDA, Carla M. C. de; OLIVEIRA, Mônica R. de. In: FRAGOSO, João; GOUVÊA, Maria de Fátima. Coleção o Brasil Colonial, 1580-1720. V. 2. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 297
Considerando o texto II como uma provável consequência do que se denuncia no texto I, é correto afirmar:
A administração metropolitana, com a adoção do passaporte, tentou evitar a perda de pessoas de outras atividades, como a cana-de-açúcar, para a mineração.
A Coroa portuguesa, ao emitir um passaporte, tinha o objetivo de controlar a forte emigração portuguesa, que poderia ser desastrosa para a economia do reino.
O governo português proibiu a emigração a fim de proteger seus súditos das crises de fome comuns nas minas, como as de 1698-99 e 1701-02.
O rei pretendia limitar a entrada de pessoas nas minas, garantindo, assim, maior controle sobre a política de arrecadação de tributos na região.