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“Enquanto não forem, ou os filósofos reis nas cidades, ou os que agora se chamam rei e ...

“Enquanto não forem, ou os filósofos reis nas cidades, ou os que agora se chamam rei e soberanos filósofos genuínos e capazes, e se dê esta união do poder político com a filosofia, enquanto as numerosas naturezas que atualmente seguem um destes caminhos com exclusão do outro não forem impedidas forçosamente de o fazer, não haverá tréguas dos males, meu caro Gláucon, para as cidades, nem sequer, julgo eu, para o gênero humano, nem antes disso será jamais possível e verá a luz do sol a cidade que há pouco descrevemos. Mas isto é o que eu há muito hesitava em dizer, por ver como seriam paradoxais essas afirmações. Efetivamente, é penoso ver que não há outra felicidade possível, particular ou pública”.

(Platão. A República, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1993)


Platão foi discípulo de Sócrates e adotou do mestre, no exercício do pensamento filosófico, o método de perguntas e respostas. Em A República, Sócrates dialoga com Gláucon sobre a necessidade de um novo equilíbrio político na polis grega. Segundo o argumento platônico,

A

a qualquer um é dada a capacidade de bem governar a cidade.

B

a união da filosofia com a política é prejudicial à felicidade dos cidadãos.

C

a garantia da independência da cidade é a constituição de um poder militar.

D

a formação filosófica de estrangeiros e mulheres é capaz de garantir a democracia.

E

a felicidade de todos é possível somente se os filósofos assumirem o poder.