Imagem de fundo

Leila Leite Hernandez, traçando as principais fontes de estudo da história do povo afri...

Leila Leite Hernandez, traçando as principais fontes de estudo da história do povo africano (a escrita, a arqueologia e a tradição), afirma que:

Para a autora, o resultado desses estudos, na sua maioria, foi determinante para que se

A

acentuasse a questão do dinamismo histórico do continente africano, ao questionar a idéia de um ponto fixo no real considerado idêntico a um fato empírico – a escravidão atlântica e o colonialismo do século XV –, a partir do qual a África e os africanos entraram como objeto da história da civilização ocidental.

B

consolidasse a imagem da África como um continente pulverizado em inúmeras “tribos” e grupos etnoculturais e se reforçasse o colonialismo e o racismo, reiterando o mito da missão civilizadora dos países europeus em relação às regiões do globo caracterizadas pela “barbárie” e “selvageria” de povos identificados como “primitivos”.

C

reformulasse tanto a visão eurocêntrica dos compêndios que apresentavam a idéia de uma história da civilização ocidental, quanto o equívoco no tratamento do referencial que diz respeito ao continente africano e às suas gentes, em que estas se apresentavam ligadas à construção de um conhecimento cuja gênese remonta ao século XVI

D

fizesse uma ruptura definitiva com o eurocentrismo até então hegemônico, o qual, fazendo-se passar por universalismo, obscurecia os estudos sobre as autênticas diferenças locais, próprias do continente negro e que descartavam a existência de uma África subsaariana definida como um todo homogêneo.

E

construísse uma pesquisa da história dos povos africanos preocupada em identificar mitos fundadores, datas próprias e processos de transformação das sociedades do continente, baseada na capacidade constante dessas sociedades de criarem-se e recriarem-se internamente.