Observe a imagem abaixo:
Escravos numa plantação de café- Marc Ferrez, 1882.
A foto, de 1882, ainda registra o trabalho de africanos escravizados em fazendas de café na região Sudeste do Brasil. No entanto, à época, a crise do sistema escravista no Brasil Império agravava-se cada vez mais, contrastando com o pleno processo de expansão da economia cafeeira no país. Sobre a conjuntura brasileira nesse período, marcada de um lado, pela crise escravista e, por outro, pela expansão cafeeira, pode-se afirmar corretamente que:
a Monarquia brasileira pouco se abalava com a crise da escravidão, pois os altos lucros obtidos pelas elites cafeicultoras, em especial as do Sudeste, acabavam ajudando na manutenção do Império brasileiro por mais algumas décadas
a chegada da cafeicultura no Velho e, posteriormente, no Novo Oeste paulista, baseada nas relações capitalistas, contribuiu ainda mais para agravar a crise geral do Império brasileiro, culminando com sua queda em 1889
a imigração, predominantemente europeia, com destaque para os italianos, acabou sendo a única opção para satisfazer a falta de braços escravos nas fazendas de café, então em pleno processo de expansão pela região sudeste
o caráter gradualista da crise escravista no Brasil, sob o reinado de D. Pedro II, contribuiu para consolidar as bases de sustentação do trono, seja consolidando o apoio do Exército brasileiro, seja fortalecendo a aliança com a Igreja Católica