Tendo feito a independência, José Bonifácio considerou-a questão de tempo. Nem por isso deixou de tomar as providências necessárias para formalizá-la. Por meio de seus emissários enviados a Londres, Paris, Buenos Aires e aos Estados Unidos, ou em conversações diretas com os representantes de potências estrangeiras no Rio de Janeiro, conduziu as tratativas iniciais sobre o reconhecimento. Sendo a independência um fato consumado, entendia que os próprios interesses comerciais externos se encarregariam de promover-lhe a aceitação formal.
RICUPERO, Rubens. José Bonifácio e a criação da Política Exterior do Brasil. IBGH. 2013. Adaptado.
Sobre o reconhecimento diplomático do Império do Brasil, na primeira década após a independência, assinale a afirmativa correta.
As potências absolutistas europeias, Áustria, França e Rússia, reconheceram a independência do Brasil em troca de o novo país custear o combate às nascentes repúblicas americanas.
Os Estados Unidos reconheceram a independência do Império do Brasil no contexto da Doutrina Monroe, que defendia o princípio da legitimidade monárquica para as novas nações americanas.
As recém-criadas nações latino-americanas apoiaram a independência do Brasil em troca de concessões territoriais, como no caso da Argentina, que obteve a Província da Cisplatina.
Portugal aceitou reconhecer a independência do Brasil graças à mediação da Grã-Bretanha, interessada em manter a aliança com Lisboa e acessar o mercado brasileiro para as suas manufaturas.
Os Estados Papais reconhecem a autonomia política do Império do Brasil na condição de este instituir o Padroado Régio, por meio do qual o imperador comprometia-se a sustentar o clero no Brasil.