"O Norte era visto como vazio demográfico, por seus baixos índices populacionais, e já vinha recebendo incentivos da Sudam (Pin, Poloamazônia e Proterra), por compor a denominada Amazônia Legal, acima do Paralelo 16. O sul, por seu turno, já estava incorporado ao Centro-Sul e obteve a elaboração de programas como o Polocentro (Cerrados) e Prodegran (Grande Dourados) e o Prodoeste, que incluíram áreas não alcançadas pela Amazônia Legal, como sul de Goiás e Mato Grosso, e o entorno de Brasília”.
(ARAÚJO, Vinícius de Carvalho. Divisão de opiniões: a saga do divisionismo sulista e Mato Grosso. In: RODRIGUES, C.; JOANONI NETO, V. Nova História do Mato Grosso Contemporâneo. Cuiabá: EdUFMT, 2018.)
O parágrafo acima faz referência à política nacional da ditadura militar (1964-1985) de integração espacial do desenvolvimento nacional brasileiro. Considerando a história de Mato Grosso no referido período, marque a alternativa correta a respeito da especialização das políticas regionais de desenvolvimento por parte do governo militar, no tocante ao aspecto econômico deste estado:
Instrumentalizar melhor a rearticulação do espaço mato-grossense ao grande capital industrial monopolista, instalado na região Sudeste.
Favorecer a maior autonomia das elites políticas da região sul, considerando o processo de divisão do estado de Mato Grosso.
Evidenciar a superioridade política, econômica, demográfica e cultural da região sul e a necessidade de emancipar a região norte do estado, em que Cuiabá estaria à frente de um novo projeto de desenvolvimento regional.
Implementar efetivamente a divisão do estado de Mato Grosso dentro de um contexto já favoravelmente democrático de segurança e desenvolvimento, a partir de um amplo projeto para a Amazônia e os Cerrados.
Instrumentalizar melhor a rearticulação do espaço mato-grossense ao grande capital industrial internacional, instalado na região Centro-Oeste.