A canção do africano
Lá na úmida senzala,
Sentado na estreita sala,
Junto ao braseiro, no chão,
Entoa o escravo o seu canto,
E ao cantar correm-lhe em pranto
Saudades do seu torrão...
De um lado, uma negra escrava
Os olhos no filho crava,
Que tem no colo a embalar...
E à meia voz lá responde
Ao canto, e o filhinho esconde,
Talvez pra não o escutar!
Castro Alves.
Sobre a escravidão dos povos africanos é incorreto afirmar que:
Os portugueses realizavam o comércio de escravos na costa ocidental africana, estabelecendo contatos com os povos locais.
O transporte de escravos era feito da África para o Brasil nos navios negreiros, em condições desumanas, muitos morriam antes de chegar ao Brasil.
Com a Lei Eusébio de Queiróz, 1850, como resultado da pressão exercida pela França, foi decretado o Fim do Tráfico Internacional de Escravos.
A abolição da escravidão, em 1888, foi decretada no Brasil sem garantir aos escravos libertos algum direito ou compensação pelo tempo de escravidão.
Na época da escravidão, os negros trazidos da África eram batizados e obrigados a seguir o catolicismo resultando o chamado sincretismo religioso.