A profissão de frentista passou a ser classificada como atividade insalubre por meio do Decreto 8123/13, que fez alterações no regulamento da Previdência, reconhecendo assim a esses profissionais o direito à aposentadoria especial. Sobre a exposição ocupacional ao benzeno, podemos afirmar:
Estudos epidemiológicos atribuem ao benzeno uma enorme gama de efeitos hematotóxicos sobre a saúde de trabalhadores expostos. Estudos recentes, demonstram alteração significativa do sistema imune, bem como alterações genéticas, para níveis altos de exposição ao benzeno.
Foram evidenciados efeitos citogenéticos causados pelo benzeno, como a excessiva taxa de aberrações cromossômicas em linfócitos do sangue periférico e na medula óssea. Estes efeitos cessam após cessada a exposição ao benzeno.
A exposição ao benzeno, presente em concentração de até 1% na gasolina, é um risco importante para os trabalhadores em postos de combustível, expostos ao longo de sua jornada de trabalho. Do ponto de vista ambiental, esta exposição não constitui risco importante para a população.
A principal via de absorção do benzeno é a respiratória. Na intoxicação aguda, a maior parte permanece na medula óssea e, na intoxicação crónica, atinge principalmente o sistema nervoso central e o fígado.
Para vigiar as citopenias e a anemia aplástica, indicam-se os hemogramas, por sua elevada sensibilidade. No âmbito da Saúde Pública, é fundamental lidar com instrumentos sensíveis que podem detectar eventos sentinelas, ainda que se mostrem, posteriormente, falsos-positivos.