Leia este poema de Manuel Bandeira
Vou-me embora pra Pasárgada
Lá sou amigo do rei
Lá tenho a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Vou-me embora pra Pasárgada
Aqui não sou feliz
Lá a existência é uma aventura
De tal modo inconseqüente
Que Joana a Louca de Espanha
Rainha e falsa demente
Vem a ser contraparente
Da nora que nunca tive
E como farei ginástica
Andarei de bicicleta
Montarei um burro brabo
Subirei no pau-de-sebo
Tomarei banhos de mar!
E quando estiver cansado
Deito na beira do rio
Mando chamar a mãe-d’agua
Pra me contar as histórias
Que no tempo de seu menino
Rosa vinha me contar
Vou-me embora pra Pasárgada
Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização
Tem um processo seguro
De impedir a concepção
Tem telefone automático
Tem alcalóide à vontade
Tem prostitutas bonitas
Para a gente namorar
E quando eu estiver mais triste
Mas triste de não de não ter jeito
Quando de noite me der
Vontade de me matar
– Lá sou amigo do rei –
Terei a mulher que eu quero
Na cama que escolherei
Vou-me embora pra Pasárgada
Manuel Bandeira. Voume embora para Pasárgada.
http://www.lusopoemas.net/modules/news03/article.php?storyid= 745. Acesso em 11.07.2009.
Quanto ao que se pode inferir do texto acima, analise o que se afirma nas alternativas a seguir, para então marcar a resposta correta.
Pasárgada é um espaço real em que é possível realizar os sonhos e anseios do eu-lírico sem os impedimentos da vida ideal. Logo primeiro verso, nota-se que o eu-lírico declara uma sentença que simboliza um movimento de elevação para o plano dos sonhos. A predominância dos tempos presente do modo subjuntivo e futuro do presente do modo indicativo dentro dos versos do poema demonstra idéia aproximada daquilo que é o mundo real do eu-lírico, enfatizando no tempo passado o desejo de harmonia pertencente ao presente, sendo este focalizado como tempo ideal. No âmbito da estrutura textual, o poema apresenta predomínio de períodos simples e compostos por coordenação, além da ausência de pontuação e linguagem denotativa.
Pasárgada é um espaço hipotético em que é possível realizar os sonhos e anseios do eu-lírico apesar dos impedimentos da vida real. Logo na primeira estrofe, nota-se que o eu-lírico declara sentenças que simbolizam um movimento de elevação para o plano do seu mundo idealizado. A predominância dos tempos presente do modo subjuntivo e futuro do presente do modo indicativo dentro dos versos do poema demonstra idéia aproximada daquilo que é o mundo sonhado pelo eu-lírico, enfatizando no tempo futuro o desejo de harmonia pertencente ao passado, sendo este focalizado como tempo ideal. No âmbito da estrutura textual, o poema apresenta predomínio de períodos simples e compostos por subordinação, além da ausência de pontuação e linguagem conotativa.
Pasárgada é um espaço real em que é possível realizar os sonhos e anseios do eu-lírico sem os impedimentos da vida ideal. Logo na primeira estrofe, nota-se que o eu-lírico declara uma sentença que simboliza um movimento de elevação para o plano do seu mundo real. A predominância dos tempos futuro do modo subjuntivo e futuro do presente do modo indicativo dentro dos versos do poema demonstra idéia aproximada daquilo que é o mundo ideal do eu-lírico, enfatizando no tempo presente o desejo de harmonia pertencente ao passado, sendo este focalizado como tempo ideal. No âmbito da estrutura textual, o poema apresenta predomínio de períodos simples e compostos por coordenação, além da ausência de pontuação e linguagem formal.
Pasárgada é um espaço hipotético em que é possível realizar os sonhos e anseios do eu-lírico sem os impedimentos da vida real. Logo primeiro verso, nota-se que o eu-lírico declara uma sentença que simboliza um movimento de elevação para o plano onírico. A predominância dos tempos presente e futuro do presente do modo indicativo dentro dos versos do poema demonstra idéia aproximada daquilo que é o mundo idealizado pelo eu-lírico, enfatizando no tempo presente o desejo de harmonia pertencente ao passado, sendo este focalizado como tempo ideal. No âmbito da estrutura textual, o poema apresenta predomínio de períodos simples e compostos por coordenação, além da ausência de pontuação e linguagem coloquial.
Pasárgada é um espaço hipotético em que é possível realizar os sonhos e anseios do eu-lírico apesar dos impedimentos da vida real. Logo na primeira estrofe, nota-se que o eu-lírico declara sentenças que simbolizam um movimento de elevação para o plano onírico. A predominância dos tempos presente do modo subjuntivo e futuro do presente do modo indicativo dentro dos versos do poema demonstra idéia aproximada daquilo que é o mundo ideal do eu-lírico, enfatizando no tempo presente o desejo de harmonia pertencente ao passado, sendo este focalizado como tempo ideal. No âmbito da estrutura textual, o poema apresenta predomínio de períodos simples e compostos por subordinação, além da ausência de pontuação e linguagem denotativa.