O objetivo do discurso argumentativo, como sabemos, é o de defender ou atacar um ponto de vista qualquer. A escolha de uma estratégia argumentativa é determinada em função da situação comunicativa global.
Observe, por exemplo, o texto a seguir.
É uma questão grave para os pais o estabelecimento de um limite de liberdade na educação dos filhos. Se os mais liberais dizem que a liberdade total é bastante educativa, os menos radicais defendem que o controle os prepara melhor para a vida futura. Se argumentamos que é triste o grande número de menores desajustados, a resposta é a de que eles são problemas menos graves do que os perfeitamente ajustados, mas infelizes.
Nesse caso, a estratégia argumentativa utilizada é:
a concessão, ou seja, aceitar um aspecto da tese contrária, seja para mostrar adesão parcial, seja para antecipar uma eventual objeção;
a refutação, que consiste em examinar cada um dos argumentos de uma tese, contestando o principal deles;
a adesão, que consiste em aderir completamente a uma tese apresentada;
a confrontação, que compara dois argumentos, mostrando pontos de divergência ou convergência;
o exame crítico, que revê os principais argumentos que defendem uma tese, mostrando seus pontos fortes e fracos.