Em uma tarde ensolarada, estou no portão da escola recebendo as crianças como todos os dias. De repente, um carro para em frente ao portão. Um menino de quatro anos chega à porta da escola com o telefone nas mãos, assistindo desenho ou jogando (não foi possível identificar), tão concentrado que nem percebe que chegou à escola. A mãe chama e ele não atende. Então, ela pega o telefone das mãos do filho e ele começa a reclamar, chorando e exaltado, querendo o telefone novamente. A mãe pede ao filho para parar de chorar e de “fazer birra”, mas este não a atende. Para parar de ouvir a reclamação do filho, ela então vai ao carro, busca o tablet e deixa que o filho o leve para a escola.
Diário de bordo, 26 de fevereiro de 2018.
Sobre a estrutura desse pequeno texto, retirado de um estudo sobre a Tecnologia e a Educação Infantil, a afirmativa adequada é que se trata de um texto:
argumentativo, em que se procura, por meio de uma estrutura narrativa, condenar o mau emprego da tecnologia nas escolas;
narrativo, de que o narrador participa somente como observador e que pode servir de exemplo para a condenação de um mau processo educativo familiar;
narrativo, de que o narrador participa com opiniões sobre o narrado, em tom condenatório da tecnologia atual;
meramente descritivo de uma cena presenciada por um observador isento, cena essa que mostra características da sociedade atual;
argumentativo, em que o argumentador se utiliza da presença de um tablet para a condenação dos games infantis como não educativos.