Segue abaixo trecho dos Parâmetros Curriculares Nacionais que aborda questão polêmica comum em discussões de professores de Língua Portuguesa: o ensino de gramática.
Assim, não se justifica tratar o ensino gramatical desarticulado das práticas de linguagem. É o caso, por exemplo, da gramática que, ensinada de forma descontextualizada, tornou-se emblemática de um conteúdo estritamente escolar, do tipo que só serve para ir bem na prova e passar de ano uma prática pedagógica que vai da metalíngua para a língua por meio de exemplificação, exercícios de reconhecimento e memorização de terminologia. Em função disso, discute-se se há ou não necessidade de ensinar gramática. Mas essa é uma falsa questão: a questão verdadeira é o que, para que e como ensiná-la. (PCN, p. 28)
A respeito de seu conhecimento construído com leituras prévias e do exposto no excerto acima, assinale a alternativa que melhor representa o papel da gramática na contemporaneidade:
Não se questiona o fato de ensinar ou não a gramática, mas sim os meios de fazê-lo para que este conhecimento seja bem aproveitado pelo aluno.
Em virtude do caráter muito técnico da matéria, ela está perdendo cada vez mais sua importância, sendo hoje totalmente dispensável.
Apesar dos constantes debates a respeito de sua importância, a gramática ainda é a principal via de acesso à construção de um bom texto.
A negação do trabalho com a gramática na escola só fará com que cada vez mais se amplie o abismo entre as pessoas que a dominam e das que a desconhecem.
O trabalho com as regras de gramática ainda é importante, mas só faz efeito se tiver caráter avaliativo e classificatório, em virtude de seu tom pragmático.