Analise o trecho do poema “Contemplo o que não vejo”, de Fernando Pessoa, e, em seguida, responda à questão:
Contemplo o que não vejo.
É tarde, é quase escuro.
E quanto em mim desejo
Está parado ante o muro.
Por cima o céu é grande;
Sinto árvores além;
Embora o vento abrande,
Há folhas em vaivém.
Tudo é do outro lado,
No que há e no que
penso.
Nem há ramo agitado
Que o céu não seja
imenso.
No que tange ao excerto destacado, trata-se de uma: