Lira I
Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,
Que viva de guardar alheio gado;
De tosco trato, d’ expressões grosseiro,
Dos frios gelos, e dos sóis queimado.
Tenho próprio casal, e nele assisto;
Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;
Das brancas ovelhinhas tiro o leite,
E mais as finas lãs, de que me visto.
Graças, Marília bela,
Graças à minha Estrela!
(GONZAGA, Tomás Antônio. Marília de Dirceu. Disponível em: http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000301.pdf. Acesso em: 11/07/2022. Fragmento.)
Do ponto de vista da temática, o poema apresentado pode ser classificado como: