Texto 1
O ensino de leitura e da escrita baseado em uma concepção interacionista de língua implica considerá-las como práticas sociais. Nessa perspectiva, o “letramento escolar” que envolve o processo de didatização da leitura e da escrita precisa ser feito de modo a garantir que as práticas de leitura e de produção de textos desenvolvidas nesse espaço se aproximem daquelas realizadas fora dele.
(Eliana Borges Correia de Albuquerque, Mudanças didáticas e pedagógicas no ensino de língua portuguesa, 2006)
Texto 2
A atividade de leitura completa a atividade da produção escrita. É, por isso, uma atividade de interação entre sujeitos e supõe muito mais que a simples decodificação dos sinais gráficos. O leitor, como um dos sujeitos da interação, atua participativamente, buscando recuperar, buscando interpretar e compreender o conteúdo e as intenções pretendidos pelo autor.
(Irandé Antunes, Aula de Português: encontro e interação, 2003)
Em relação ao conceito de língua proposto por Bakhtin (1992), as autoras mostram-se
coerentes com ele, já que para o autor a língua corresponde a uma prática social e se realiza na interação entre sujeitos.
discrepantes dele, já que para o autor a língua corresponde a um sistema, e seus elementos se constituem em oposição.
parcialmente coerentes com ele, já que para o autor o letramento escolar deveria deixar de lado a linguagem de fora da escola.
coerentes com ele, já que para o autor a leitura é vista como decodificação dos sinais gráficos e uma forma auxiliar da escrita.
discrepantes dele, já que o autor reconhece a língua como um fenômeno histórico e social, portanto provida de sentido.