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No dia 26 de agosto de 1789, os deputados franceses lançaram um dos grandes documentos ...

No dia 26 de agosto de 1789, os deputados franceses lançaram um dos grandes documentos da modernidade: a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. Era um vigoroso manifesto iluminista contra o Antigo Regime. Foi uma resposta ao crescimento dos movimentos sociais no verão de 1789, nas tensas semanas entre a queda da Bastilha, a onda de saques do Grande Medo e o fim dos direitos feudais (4 de agosto). Na semana que vem, o documento completa 228 anos.

Os artigos da Declaração demolem o prédio secular do Absolutismo de Direito divino e da desigualdade social pelo nascimento. Era um novo mundo, pelo menos no papel. Deputados homens, na maioria de origem burguesa, refizeram o mundo pela sua perspectiva. Quando uma voz dissidente e feminina, Olympe de Gouges, lançou a Declaração dos Direitos da Mulher e da Cidadã, foi parar na guilhotina. Sejamos justos: a guilhotina não era machista. A lâmina ignorou gênero: matou Danton, Robespierre, Luís XVI, Maria Antonieta, freiras carmelitas e Lavoisier.


Disponível em: <http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral,o-direito-de-papel,70001942876>. Acesso em: 19/08/17. (Excerto).



A leitura do texto permite concluir CORRETAMENTE que

A

as mudanças de leis universais ultrapassam rapidamente as fronteiras do papel e transformam a sociedade.

B

movimentos sociais surgem com pautas reivindicatórias após mudanças significativas em leis universais.

C

a exemplo do que ocorreu há mais de duzentos anos, mudar as leis representa retrocesso social.

D

quando há reorganização de leis, as vozes dissonantes são bem-vindas para contemplar a diversidade social.

E

mesmo quando as leis são alteradas significativamente, isso é feito com base na interpretação da elite social.