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Pedro Nava é o criador da idéia sinistra do defunto que todos nós carregamos conosco, a...

Pedro Nava é o criador da idéia sinistra do defunto que todos nós carregamos conosco, a quem damos de comer e beber e para quem arranjamos mulher; o defunto que se senta e se levanta, anda na rua, vai ao cinema, escova os dentes e, no fim da noite, se deita imóvel para imitar o descanso eterno.

No trecho acima destacado apresenta-se uma idéia que é qualificada como “sinistra”. Por outro lado, e de antemão, é amplamente conhecido o ditado popular que afirma que “Para morrer, basta estar vivo”. Tal ditado também é a formulação verbal de uma idéia. Dentre as alternativas abaixo, a compreensão PERTINENTE da relação entre a “idéia sinistra” e a idéia que o referido ditado expressa é que:

A

a “idéia sinistra” corrobora inteiramente o ditado popular, acrescentando-lhe apenas a expressão verbal peculiar a quem escreveu o texto

B

a “idéia sinistra” contradiz o ditado popular, de vez que indica que a criatura humana dita viva é já um simples defunto

C

a “idéia sinistra” contradiz o ditado popular, de vez que indica que a criatura humana dita viva é já um simples defunto

D

a “idéia sinistra” concorda com o ditado apenas na medida em que dela se pode inferir que para morrer é preciso muito pouco, pois a vida é por um fio

E

a “idéia sinistra”, diferentemente do ditado, oferece a perspectiva do ente morto e do ente vivo como não necessariamente sucedâneos no tempo