Leia o poema de Eduardo Alves da Costa, para responder à questão.
Na primeira noite eles se aproximam
e roubam uma flor
do nosso jardim.
E não dizemos nada.
Na segunda noite, já não se escondem:
pisam as flores,
matam nosso cão,
e não dizemos nada.
Até que um dia,
o mais frágil deles
entra sozinho em nossa casa,
rouba-nos a luz e,
conhecendo nosso medo,
arranca-nos a voz da garganta.
E já não podemos dizer nada.
É correto afirmar que o poema descreve
uma situação de reciprocidade entre classes diferentes de pessoas.
um processo crescente de violência e de submissão.
um acontecimento auspicioso na vida de uma família comum.
uma previsão surpreendente de que algo de novo possa acontece
um conjunto dissimulado de regras de dominação de subalterno.