“... começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka...”
existia um descaso por parte do homem que, apesar de estar nu, não parecia tão envolvido com o problema, visto que era por um motivo concreto: tinha dinheiro
havia um desconforto social, pois as pessoas do prédio não aceitavam as condições em que o homem se apresentava, por isso a noção kafkaniana de que o homem é produto de seu meio
havia uma angústia peculiar, contextualizada na cena do texto de Fernando Sabino, que remete ao absurdo da existência humana naquelas condições em que o protagonista se encontrava: nu no meio do corredor de seu edifício
existia, nitidamente, uma animosidade por parte do homem nu em relação aos vizinhos, por isso o rapaz desenvolvia atitudes que questionavam a existência humana e se colocava como uma espécie de pesadelo para os moradores de seu edifício