O texto abaixo foi transcrito com desvios ortográficos. Assinale a opção em que não existe erro gramatical:
Na primeira época do reinado de D. Pedro II, entre 1840 e 1867 até a Guerra do Paraguai, copiava-se, no Brasil, tanto os explendores do Segundo Império francês quanto os maus costumes. Paris dominava o mundo. O Rio de Janeiro contagiava-se por imitação. Proliferava, nos diferentes bairros, sociedades com títulos preciosos: Vestal, Sílfide, Ulisseia.
A aparência, segundo Gilberto Freyre, tinha muito a dizer sobre homens e mulheres no sistema patriarcal em que se vivia. O homem tentava fazer da mulher uma criatura tão diferente dele quanto possível. O culto à mulher frágil, que reflete na literatura o erotismo de músicas açucaradas, de pinturas românticas, é, segundo Freyre, um culto narsisista do homem patriarcal.
A cintura feminina era esmagada por poderosos espartílios. Tal armadura era responsável, segundo alguns médicos, por problemas respiratórios, que ajudava a desenhar a figura da heroína romântica: a pálida virgem dos sonhos do poeta", doente do pulmão.
A acentuada diferença nos papéis matrimoniais confirma a afirmação de Gilberto Freyre de que, “quando o brasileiro volta da rua, reencontra no lar uma esposa submisa, que ele trata como criança mimada, trazendo-lhe vestidos, joias e enfeites de toda espécie".
Essa mulher, contudo, não é associada pelo marido aos seus negócios, às suas preocupações e nem aos seus pensamentos. É uma boneca que, eventualmente, ele enfeita, mas que, na realidade, não passa de primeira escrava da casa. (Adaptado de “Histórias íntimas: sexualidade e erotismo na história do Brasil”, de Mary del Priore, p.71).