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O diálogo entre duas ou mais obras de arte chamamos de intertextualidade. Ela pode ser ...

O diálogo entre duas ou mais obras de arte chamamos de intertextualidade. Ela pode ser observada em qualquer manifestação cultural, inclusive na literatura. Muitos poetas “reinventaram” a “Canção do exílio”, partindo desse poema de Gonçalves Dias criaram intertextos do poema.


Canção do exílio

Gonçalves Dias


Minha terra tem palmeiras,

onde canta o sabiá;

As aves que aqui gorjeiam,

Não gorjeiam como lá.


Nosso céu tem mais estrelas,

Nossas várzeas têm mais flores,

Nossos bosques têm mais vida,

Nossa vida mais amores.

(...)


Canção do exílio

Murilo Mendes


Minha terra tem macieiras da Califórnia

onde cantam gaturamos de Veneza.

Os poetas da minha terra

são pretos que vivem em torres de ametista,

(...)

Nossas flores são mais bonitas

nossas frutas mais gostosas

mas custam cem mil rés a dúzia

Ai quem me dera chupar uma carambola de verdade

e ouvir um sabiá com certidão de idade!


Outra Canção do exílio

Eduardo Alves da Costa


Minha terra tem Palmeiras

Corinthians e outros times

De copas exuberantes

Que ocultam muitos crimes.

As aves que aqui revoam

São corvos do nunca mais,

A povoar nossa noite

com duros olhos de açoite

que os anos esquecem jamais.


Em cismar sozinho, ao relento,

sob o céu poluído, sem estrelas,

Nenhum prazer tenho eu cá...

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Murilo Mendes e Eduardo Alves da Costa estabelecem intertextualidade em relação a Gonçalves Dias por:

A

conotação positiva.

B

reiteração de imagens.

C

conservação das técnicas de composição.

D

oposição de ideias.

E

valorização do nacionalismo.