O início da Bioética se deu no começo da década de 1970, com a publicação de duas obras muito importantes de um pesquisador e professor norte‐americano da área de oncologia, Van Rensselaer Potter.
Van Potter estava preocupado com a dimensão que os avanços da ciência, principalmente no âmbito da biotecnologia, estavam adquirindo. Assim, propôs um novo ramo do conhecimento que ajudasse as pessoas a pensar nas possíveis implicações (positivas ou negativas) dos avanços da ciência sobre a vida (humana ou, de maneira mais ampla, de todos os seres vivos). Ele sugeriu que se estabelecesse uma “ponte” entre duas culturas, a científica e a humanística, guiado pela seguinte frase: “Nem tudo que é cientificamente possível é eticamente aceitável”.
Um dos conceitos que definem Bioética (“ética da vida”) é que esta é a ciência “que tem como objetivo indicar os limites e as finalidades da intervenção do homem sobre a vida, identificar os valores de referência racionalmente proponíveis, denunciar os riscos das possíveis aplicações” (LEONE; PRIVITERA; CUNHA, 2001).
JUNQUEIRA, C. R. Bioética: conceito, fundamentação e princípios. Especialização em Saúde da Família. UNASUS, Universidade Federal de São Paulo ‐ Pró‐Reitoria de Extensão, 2010.
A proposição de Van Potter anunciada no texto tem como base
a possibilidade de potencializar o desenvolvimento tecnológico.
o monitoramento do uso de material biológico em pesquisas científicas.
a discussão da relação entre o desenvolvimento científico e a vida.
o controle do desenvolvimento tecnológico e científico da humanidade.
a proibição de procedimentos invasivos em pesquisas com seres humanos.