O cadáver de um homem sepultado há cerca de seis meses foi exumado para localizar projétil de arma de fogo, que deixou de ser recolhido durante a necropsia por falta de condições técnicas. Cumpridos os trâmites de praxe, a abertura do caixão revelou aos peritos e autoridades presentes: odor rançoso e desagradável; tronco e membros inferiores preservados e de tonalidade pardo-amarelada. O achado possibilitou aos peritos revisar as lesões descritas no laudo de necropsia e concluir seu trabalho.
O caso relatado permite concluir que o corpo:
possivelmente passou por algum método de conservação antes do sepultamento, por isso a putrefação ainda não se completou;
está mumificado, por isso tronco e membros inferiores estão preservados;
está na fase gasosa, por isso o odor exalado e a conservação de tronco e membros inferiores;
está na fase coliquativa que antecede a esqueletização, por isso tronco e membros inferiores ainda estão preservados;
apresenta o fenômeno de adipocera ou saponificação, por isso tronco e membros inferiores estão preservados.