Os ossos nas crianças estão em crescimento, que é determinado pela fise (placa de crescimento ou cartilagem de crescimento), que está localizada entre a metáfise e a epífise nos ossos longos. A remodelação óssea é uma característica importante nas crianças e é tanto maior quanto menor a idade do indivíduo. Cerca de 30% das fraturas dos ossos longos nas crianças envolvem as fises.
Sobre as lesões fisárias é incorreto afirmar que
os membros superiores são mais acometidos por lesões fisárias do que os membros inferiores e o rádio distal é o local mais acometido, correspondendo a 44% das lesões fisárias.
as fraturas fisárias costumam acontecer através da camada de calcificação da zona hipertrófica, que é a região mais suscetível ao trauma, tendo menor resistência devido às características das células com volume aumentado.
na classificação de Salter e Harris, o Tipo II se define por uma fratura que acarreta o comprometimento parcial da cartilagem de crescimento, tem um fragmento metafisário de tamanho variável, conhecido como fragmento de Thurston Holland, e o periósteo do lado desse fragmento permanece intacto, facilitanto a redução.
as lesões dos tipos I e V de Salter-Harris são instáveis e representam uma descontinuidade da fise e da epífise com comprometimento da superfície articular, necessitando tratamento cirúrgico para realinhamento dos fragmentos articular e fisário e, devido a sua instabilidade, a redução e a imobilização gessada não é suficiente.