Paciente masculino, 28 anos, com diagnóstico de leptospirose, evolui com insuficiência respiratória aguda. A radiografia de tórax mostra infiltrado pulmonar difuso bilateral. O paciente é submetido a intubação orotraqueal e ventilação mecânica.
Dados antropométricos: Altura: 178 cm ; Peso Real: 90 kg ; Peso predito: 76 kg
Parâmetros de ventilação mecânica: modo volume controlado(VCV) com volume corrente de 460 mL; frequência respiratória programada em 22 incursões/ minuto; relação inspiração:expiração de 1:2; fração inspirada oxigênio (FiO2 ) de 0,6; pressão expiratória final positiva (PEEP) de 10 cmH2 O; pressão de pico inspiratório de 42 cmH2 O; pressão de platô inspiratório de 36 cmH2 O; e driving pressure de 16cm H2 O.
Gasometria arterial nos parâmetros ventilatórios acima: pH 7,32; Pco2 = 42 mmHg; Po2 = 126 mmHg. Saturação de O2 = 98%; e HCO3– = 18 mEq/dL. Tabela
1 – PEEP versus FiO2
PEEP (cmH2O) | FiO2 |
5 | 0,3 |
5 | 0,4 |
8 | 0,4 |
8 | 0,5 |
10 | 0,5 |
10 | 0,6 |
10 | 0,7 |
PEEP (cmH2O) | FiO2 |
12 | 0,7 |
14 | 0,7 |
14 | 0,8 |
14 | 0,9 |
16 | 0,9 |
18 | 0,9 |
18-24 | 1 |
Qual ajuste pode ser feito na ventilação mecânica, levando-se em conta a estratégia ventilatória protetora?
Aumentar a PEEP para 12 cmH2O.
Reduzir volume corrente para 4 mL/kg peso predito e aumentar a frequência respiratória para 30 incursões/minuto.
Aumentar frequência respiratória para 30 incursões/minuto e passar a relação inspiração:expiração para 1:3.
Realizar manobra de recrutamento alveolar.
Mudar o modo ventilatório para pressão controlada.