A grande maioria dos casos com embolia pulmonar é de natureza tromboembólica (TEP), mas êmbolos sépticos, tumorais, de líquido amniótico, gordura e ar também são possíveis, tornando ainda mais difícil o diagnóstico. Sobre o tema, assinale a alternativa correta.
No ECG, o achado clássico de S1Q3T3 e nos raios X de tórax, os achados clássicos da Corcova de Hampton e o sinal de Westermark são extremamente raros de serem vistos nos pacientes com TEP, assim, na investigação de pacientes com suspeita de embolia pulmonar não faz sentido atualmente solicitar ECG e raios X de tórax.
Na gasometria, os achados de PaO2 ao redor de 60 mmHg e um gradiente alvéolo-arterial de oxigênio ao redor de 5 mmHg em um paciente respirando ar ambiente são fortemente sugestivos de embolia pulmonar, principalmente se a PaCO2 for acima de 45 mmHg, ao demonstrar distúrbio V/Q típico nesse diagnóstico.
O D-dímero elevado é um importante exame de diagnóstico, em que valores elevados 3 vezes ou mais acima do limite normal fortemente sugerem a presença de embolia e exigem início de anticoagulação plena.
Diferentes situações clínicas podem confundir o diagnóstico de embolia pulmonar, como na sepses com injúria pulmonar aguda nas quais observam-se hipoxemia, taquicardia e febre, sendo que em quase 80% das vezes o ecocardio poderá demonstrar hipertensão pulmonar com sobrecarga em algum grau de VD e o D-dímero estará bastante elevado.
Os pacientes com hipotensão associada à embolia pulmonar apresentam como mecanismo básico a baixa pré-carga do ventrículo esquerdo, o qual por outro lado apresenta função normal; assim, o manejo clínico de escolha envolve uso de bolus de cristaloide visando corrigir essa falha.