O que é INCORRETO afirmar sobre a Puericultura?
O Ministério da Saúde, via SUS, preconiza que programas de vigilância infantil sejam realizados em todas as unidades de atendimento do sistema (UBS) a partir do seguinte calendário de consultas: no primeiro ano de vida (na 1ª semana, no 1º, 2º, 4º, 6º, 9º e 12º mês), além de duas consultas no 2º ano de vida (no 18º e no 24º mês).
Tem-se a puericultura como um dos principais procedimentos realizados pelo enfermeiro na Atenção Básica, pois é durante a consulta que ele realiza a anamnese, o exame físico; avalia o crescimento e o desenvolvimento, o estado nutricional, a presença de fatores de risco; promove o aleitamento materno, preenche o gráfico de peso, a estatura e o perímetro cefálico, o cartão da criança e o prontuário, a imunização e orienta sobre as doenças e intercorrências, alimentação e cuidado de higiene.
A abordagem pontual dos aspectos relativos ao contexto de vida, ao ambiente familiar e cultural e a situação econômica da família da criança na consulta de puericultura, é, de fato, uma limitação para uma atenção integral que privilegie a promoção da saúde. Porém, a realização da visita domiciliar, prática inerente ao trabalho da ESF, representa uma boa aliada para superação desse problema pela possibilidade concreta de conhecer as condições de vida e saúde das crianças e de suas famílias sob a responsabilidade do médico compartilhada com o agente comunitário de saúde, de modo tal que o processo de cuidar se baseie nas suas reais necessidades de saúde.
Para o acompanhamento de puericultura resolutivo requerido do profissional que o realiza, noções básicas de fisiologia, nutrição, higiene corporal e ambiental, sociologia, economia, psicologia, patologias prevalentes em cada faixa etária. Este conhecimento possibilita ao profissional o fornecimento de informações relevantes que auxiliarão na promoção da saúde assegurando um crescimento e desenvolvimento saudável, pois o profissional, além da avaliar a criança, ele também avalia e orienta a família preparando o cuidado.
O acompanhamento das condições de saúde na primeira infância, que compreende o período de zero a cinco anos, onze meses e vinte e nove dias de idade, é fundamental para o adequado crescimento e desenvolvimento desses pequenos, de modo que sejam garantidos os melhores benefícios para a saúde, o aprendizado e a autonomia. Entretanto, a atenção integral à saúde da criança é considerada um desafio nos serviços, exigindo conhecimentos técnicos e científicos que amparem a apreensão ampliada de suas necessidades por parte dos profissionais de saúde.