Quanto às variáveis relatadas em estudos de acurácia de testes diagnósticos, assinale a alternativa correta.
A sensibilidade e especificidade do teste são, respectivamente, a proporção de pacientes com a doença que apresentam um resultado positivo e a proporção de pacientes sem a doença que apresentam um resultado negativo. São indicadores que não variam com o limiar de positividade do teste nem com o espectro de gravidade da doença.
A razão de verossimilhança positiva é a chance de um resultado positivo em pacientes com a doença, dividida pela chance de um resultado positivo em pacientes sem a doença. É um bom indicador para se utilizar em populações com prevalência diferentes daquela encontrada no estudo de acurácia do teste e, quanto menor o seu valor, mais o teste é útil para aumentar a probabilidade da doença.
Os valores preditivos positivo e negativo representam, respectivamente, a probabilidade da doença após um resultado positivo do teste e a probabilidade de não doença após um resultado negativo. Não são indicadores diretos da acurácia do teste diagnóstico, já que dependem também da prevalência da doença na amostra de pacientes estudada.
A razão de verossimilhança negativa é a chance de um resultado negativo em pacientes com a doença, dividida pela chance de um resultado negativo em pacientes sem a doença. Valores maiores do que 10 indicam boa acurácia do teste para diminuir a probabilidade da doença.
A área sob a curva ROC (receiver operator characteristic curve) indica a acurácia global de um teste diagnóstico, independentemente do limiar de positividade do teste. Sua utilidade prática principal é a comparação entre diferentes testes diagnósticos para a mesma doença. Resultados maiores (acima de 0,5) indicam que o teste é mais útil para confirmar, enquanto resultados menores (abaixo de 0,5), que o teste é mais útil para descartar a doença.