No texto “Educação ambiental como política pública” (2005), os autores ressaltam que, para se compreender a educação ambiental como política pública, é interessante iniciar com os significados dessas palavras, contextualizá-los na história do ambientalismo, inserindo-os nas agendas dos governos, assim como seus desdobramentos nas áreas da educação formal e não formal. A respeito do tema, é correto afirmar:
O meio ambiente como política pública, não pontual, no Brasil, surge após a Conferência de Hong Kong, em 1982, quando, devido às iniciativas das Nações Unidas em inserir o tema nas agendas dos governos, foi criada a SEMA (Secretaria Especial de Meio Ambiente).
Em 1983, sob a presidência da primeira-ministra norueguesa Gro Brundtland, foi criada a Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, que, em 1987, publicou “Nosso futuro comum”, que ficou conhecido também como Relatório Brundtland.
A Educação Ambiental nasce como um processo educativo materializado nos valores econômicos e nas regras políticas de mercado, que implica a questão distributiva entre benefícios e prejuízos da apropriação e do uso da natureza.
Na década de 2010, começou-se a discutir um modelo de desenvolvimento que harmonizasse as relações econômicas com o bem-estar das sociedades e a gestão racional e responsável dos recursos naturais, que Ignacy Sachs denominou de ecodesenvolvimento.
No Brasil, após a promulgação da Política Nacional de Educação Ambiental (PNEA), foi criada no Ministério do Meio Ambiente a Coordenação Geral de Educação Ambiental, e no Ministério da Educação, a Diretoria de Educação Ambiental, como instâncias de execução da PNEA.