Na infância, o tipo de diabetes mais frequente é o diabetes mellitus tipo I (DMI), que corresponde a 90% dos casos. O tratamento de crianças e adolescentes com DMI deve considerar características únicas dessa faixa etária, como mudanças na sensibilidade à insulina relacionadas à maturidade sexual e ao crescimento físico, capacidade de iniciar o autocuidado, maior vulnerabilidade neurológica à hipoglicemia e à hiperglicemia, bem como à cetoacidose diabética.
Sobre o manejo do DMI na infância, é correto afirmar que
os açúcares refinados, de absorção rápida, devem ter seu consumo terminantemente proibido, assim que o diagnóstico for confirmado.
a terapia com insulina é uma alternativa a ser considerada, caso a tríade clássica de tratamento (dieta, exercício e educação) não funcione.
a recomendação nutricional específica para a criança diabética implica na redução do carboidrato e no aumento da proteína na dieta, a fim de garantir um adequado crescimento e desenvolvimento.
a contagem de carboidratos oferece um resultado bastante objetivo e facilita o cálculo da dose de insulina a ser administrada antes de cada refeição, no entanto, por conta da grande complexidade do método, não pode ser usado na infância.
deve ser instituída uma alimentação equilibrada do ponto de vista de conteúdo de carboidratos (50 a 60%), de proteínas (15%) e de gorduras (30%), o que propicia uma alimentação muito mais saudável do que a maioria dos esquemas alimentares consumidos por crianças não diabéticas.