A alergia alimentar é, atualmente, considerada um problema de saúde pública. No mundo, os dados acerca de sua prevalência são variáveis, a depender de idade, características da população (cultura, hábitos alimentares, clima), método de diagnóstico, tipo de alimento, regiões geográficas, entre outros. Estima-se que a prevalência seja de, aproximadamente, 6% em menores de 3 anos de idade e 3,5% em adultos. Embora muitos alimentos tenham potencial alergênico, uma pequena parcela, entre eles, tem sido responsabilizada pela maioria dos casos, sendo leite de vaca, ovo, trigo e soja entre crianças, e amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar em adultos.
SOLÉ, D. et al. Consenso Brasileiro sobre Alergia Alimentar: 2018 - Parte 1
- Etiopatogenia, clínica e diagnóstico. Documento conjunto elaborado pela
Sociedade Brasileira de Pediatria e Associação Brasileira de Alergia e
Imunologia. Arq Asma AlergImunol. 2018, com adaptações.
Em relação a alergias e intolerâncias alimentares, assinale a alternativa correta.
O trato gastrintestinal possui mecanismos de defesa específicos e inespecíficos que contribuem para o desenvolvimento da tolerância oral à proteína. Entre os mecanismos específicos, estão o ácido gástrico, as secreções biliares e o muco.
Tendo em vista a colonização intestinal pré-natal, uma vez bem estabelecida, a disbiose no adulto não resulta em alterações nos mecanismos reguladores, propiciando maior susceptibilidade a alergias alimentares.
Define-se como alérgeno a proteína capaz de estimular uma resposta de hipersensibilidade.
O teste de provocação oral (TPO) consiste na oferta progressiva do alimento suspeito, e (ou) placebo, em intervalos regulares, sob supervisão médica, após um período de exclusão dietética necessário para resolução dos sintomas clínicos e é o método mais confiável no diagnóstico de alergia alimentar.
O tratamento mais indicado para alergia alimentar é a imunoterapia oral (ITO) e a sublingual (ITSL).